Faça você mesmo!

Assim como eu já havia previsto em posts anteriores a publicidade segue rumo à interatividade da Web 2.0. A Skol apresenta diariamente seus filmes "amadores" e encanta o público brasileiro. São comerciais feitos com pessoas de carne e osso, em situações da vida real e encenados por jovens num momento de descontração e total naturalidade.

Já o CD "Pancadão do Caldeirão" vai mais a fundo e incorpora completamente o novo conceito publicitário. O comercial estimula o consumidor a criar e enviar um vídeo-clipe para a direção do programa Caldeirão do Huck, os melhores clipes são inseridos na propaganda do CD e exibidos na tevê. Imagine agora o consumidor se vendo aparecer num comercial na tevê, e, sobretudo na Globo! Será um viral?


Inevitavelmente esse conceito é contagioso. A Pepsi Light da Espanha, por exemplo, está investindo num concurso que convida o consumidor a desenhar o layout de uma lata do refrigerante. 'Tu lata puede ser famosa' - diz o site da promoção. O desenho vencedor será efetivamente colocado em produção e a lata será distribuida no país.

Em outra ação, a Pepsi vai escolher um outdoor para ser exibido em abril no Times Square, em Nova Iorque. O site da promoção oferece uma tela para ser pintada a partir de elementos e ferramentas disponibilizadas na própria pagina - experimente aqui.

A nova maneira de se produzir comerciais é muito mais vantajosa, já que normalmente os gastos com prêmios e votações populares são ínfimos se comparados ao gasto com a produção de um filme e com uma agência de pesquisa de opinião. As produções amadoras, além disso, se aproximam mais do público.

Um bom exemplo é o do comercial criado para a Doritos e que foi escolhido por meio de votação popular. O comercial "Live the Flavor" além de ser um dos mais vistos no YouTube é considerado o melhor dos comerciais dentre os exibidos no espaço publicitário mais caro da TV americana: o SuperBowl.

Amanhã eu volto para comentar os efeitos desse surto interativo da publicidade sobre os profissionais da área.